Outubro é o mês de conscientização sobre a prevenção ao câncer de mama, a doença mais comum entre as mulheres no mundo. A campanha Outubro Rosa, iniciada no Brasil em 2002, busca promover a importância do autocuidado e dos exames regulares para a detecção precoce.
Manter a rotina de exames preventivos, como a mamografia, aumenta significativamente as chances de um diagnóstico precoce e de um tratamento bem-sucedido. Foi assim que Patrícia Ferreira, colaboradora do IEL, aos 39 anos, descobriu um nódulo ainda em estágio inicial. Durante uma consulta de rotina, seu médico ultrassonografista recomendou que procurasse um mastologista para aprofundar a investigação.
“Já percebi que algo estava errado pela reação da médica. No início de julho, veio a confirmação do diagnóstico. No ano passado, não tinha nada, mas desta vez o nódulo foi detectado cedo”, relata.
Mesmo em tratamento, Patrícia mantém a rotina que está acostumada, o que tem sido fundamental para seu bem-estar. “É uma questão psicológica, né? Continuar com o trabalho e a atividade física trazem essa leveza e a ideia de que a vida segue”. Estudos mostram que a prática de exercícios durante o tratamento oncológico melhora a qualidade de vida e pode reduzir riscos de mortalidade.
“[…] A vida da mulher é corrida – trabalho, casa, filhos –, mas é importante reservar tempo para cuidar de si. Se você não se cuidar, quem é que vai cuidar de você?”, reflete.
Mas Patrícia tem motivos para se manter otimista. Além do apoio da medicina, ela se sustenta em uma rede de amor formada pela mãe, irmã e filha, que a acompanham de perto. “A rede de apoio é essencial. Elas são minha base e cuidam de mim quando eu mais preciso. Sempre foram tudo para mim, e tê-las por perto é muito importante”, declara.
Ela percorre agora o caminho do seu processo de cura, da qual ela sempre teve certeza, com uma determinação e vivacidade que são fundamentais em momentos como esse, onde o autoconhecimento e a espiritualidade são instrumentos para nutrir a esperança.
“Gosto de ler sobre autoconhecimento e assistir palestras religiosas. Venho trabalhando isso há uns dois anos. Sinto que estava sendo preparada para esse momento. Talvez a Patrícia de dois anos atrás teria lidado de uma maneira muito mais desesperada”, revela.
No final, a história da Patrícia e sua coragem em compartilhá-la nos deixa uma lição: a capacidade de lidar com os medos e incertezas nos dão poder diante das circunstâncias inesperadas, e que manter-se de pé para enfrentar o que vier é, na verdade, uma grande chance de nos tonarmos melhores.
“Tem a frase de um filósofo que eu gosto muito, ‘Nada acontece ao homem que não seja do próprio homem’. Então, nada acontece com a Patrícia que não seja da Patrícia. Não é à toa que eu esteja passando por isso, existe uma lição que eu tenho que tirar.”