Do primeiro treino, no último dia 8 de julho, até hoje, a equipe de futebol de cegos do Serviço Social da Indústria (Sesi) é só evolução. Por meio do Programa Sesi Pessoas com Deficiência (PSPCD), a entidade segue investindo na modalidade, trazendo inovações. Na segunda-feira, 12, a novidade foi a instalação de guizos nas redes das traves, um estímulo auditivo que comunica aos jogadores quando o tento é marcado.
“Já senti a emoção de fazer um gol!”, comemorou o atleta Luiz Renato Buarque, 39 anos, na quadra da Vila Olímpica Albano Franco, onde os treinamentos ocorrem às segundas e quartas-feiras. O jornalista aponta mudanças positivas em pouco mais de um mês de treinamentos. “A diferença é notável, porque nós estamos trabalhando o fundamento aqui, começando a evolução do chute, do controle de bola, do passe de bola… é notável!”, destacou.
O crescimento pessoal é outro resultado proporcionado pela prática esportiva no Sesi. “É a primeira vez que eu vim jogar, não tinha experiência, mas, estou me identificando. Estou gostando de participar. Eles [colegas de time] me deram muita força. Eu não queria antes, achava que não tinha condições, mas, graças a Deus, estou me dando bem”, afirmou Edson Justino, de 48 anos.
Diante do progresso do time de cegos do Sesi, hoje com dez atletas, o professor do PSPD, Pablo Lucini, sonha com a participação dos alagoanos em campeonato regional no próximo ano. Para ampliar a equipe, ele vai iniciar diálogo com instituições como a Escola Cyro Accyoli e a Associação de Cegos de Alagoas. Em outubro, viaja a São Paulo e fará uma visita à Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais, em busca de mais experiência.
Além disso, em breve, o Sesi Alagoas vai adquirir mais seis bolas adaptadas para evoluir no quesito domínio. Motivação não falta, segundo o professor, e ela é o motivo da evolução da equipe. “O progresso se vê pela vontade deles. A vontade, com a alegria que estão. Estamos em um caminho muito certo”, afirmou Lucini.